Tecnologia pode ser aliada do cérebro na terceira idade, sugere novo estudo
- Inova na Real

- 22 de ago.
- 2 min de leitura
Contrariando o discurso de que o mundo digital só faz mal à mente, análise aponta que uso de tecnologia pode proteger idosos contra o declínio cognitivo
Enquanto se acumulam estudos sobre os impactos negativos do uso excessivo de tecnologia em crianças e adolescentes, novas evidências apontam um caminho diferente para os mais velhos.

De acordo com um artigo do The New York Times, traduzido e revisado pelo portal do Estadão, uma análise recente publicada na revista Nature Human Behavior revelou que o uso de recursos digitais - como computadores, smartphones e internet - por pessoas com mais de 50 anos está associado a melhor desempenho cognitivo e menor incidência de demência.
A pesquisa, conduzida por cientistas, avaliou 57 estudos com mais de 411 mil participantes. “Quase 90% dos estudos constataram que a tecnologia teve um efeito protetor para a cognição”, explicou o neurocientista cognitivo da Universidade Baylor, Michael Scullin, ao jornal. Segundo os especialistas, a exposição a desafios tecnológicos, como aprender novos aplicativos ou lidar com atualizações constantes, pode funcionar como uma forma de estimulação mental benéfica.
Além do estímulo cognitivo direto, o uso de tecnologia também pode favorecer a saúde cerebral ao manter conexões sociais e facilitar atividades do dia a dia. Aplicativos de lembretes, serviços bancários online e até o uso de redes sociais ajudam a manter a independência funcional - um fator importante na prevenção do declínio mental.
Casos como o de Wanda Woods, de 67 anos, mostram que essa adaptação ao mundo digital pode se tornar uma aliada do envelhecimento saudável. Instrutora de tecnologia para idosos nos EUA, ela já usa inteligência artificial para planejar viagens e tarefas cotidianas.
A reportagem destaca, ainda, que os benefícios observados não provam causalidade, mas reforçam a ideia de que, com equilíbrio e acesso adequado, o mundo digital pode ser um terreno fértil para manter o cérebro ativo na maturidade.
Clique aqui e confira a reportagem traduzida e publicada no Estadão.












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