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O ultrassom como nova era de tratamento do câncer sem cirurgias

Atualizado: 17 de nov.

Estudos recente aponta resultados promissores do modelo em tumores hepáticos, pancreáticos e renais, com potencial de indução de resposta imunológica antitumoral



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O câncer ainda é uma das principais causas de mortalidade global. Tradicionalmente, o tratamento envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia; abordagens que, embora eficazes, apresentam riscos, efeitos colaterais diversos e custos elevados. Nas últimas décadas, o ultrassom terapêutico surgiu como uma alternativa não invasiva, capaz de destruir tecidos tumorais de forma controlada e precisa. Diferente do ultrassom diagnóstico, que apenas capta imagens, o ultrassom terapêutico atua mecanicamente ou termicamente sobre as células tumorais.


Entre suas modalidades destacam-se: High-Intensity Focused Ultrasound (HIFU): promove destruição térmica por aquecimento localizado; Histotripsy: utiliza pulsos ultrassônicos de alta intensidade e curta duração para fragmentar mecanicamente o tecido, sem gerar calor significativo.

O desenvolvimento da histotripsy, liderado por Zhen Xu na Universidade de Michigan, representa um avanço disruptivo, com aplicações iniciais em tumores hepáticos e renais. Este artigo analisa o estado atual da tecnologia, sua fundamentação científica e perspectivas clínicas.


Este trabalho consiste em uma revisão narrativa da literatura, realizada entre agosto e outubro de 2025, nas bases de dados PubMed, Scopus, ScienceDirect e Google Scholar, além de relatórios técnicos da Focused Ultrasound Foundation (FUSF).


O HIFU utiliza ondas contínuas ou pulsadas com frequências de 0,8–3 MHz, concentradas em um ponto focal que eleva a temperatura local acima de 55 °C, levando à necrose coagulativa. Já a histotripsy emprega pulsos de microsegundos, com pressões acústicas, capazes de gerar cavitação controlada; a formação e colapso de microbolhas que fragmentam mecanicamente as células tumorais.


Evidências pré-clínicas Estudos experimentais em modelos animais demonstraram: Ablação completa de tumores hepáticos em ratos e suínos com histotripsy em menos de 2 minutos; Redução significativa de volume tumoral em modelos de câncer de pâncreas e rim; Efeitos imunomodulatórios com aumento de linfócitos T e regressão de metástases não tratadas (efeito abscopal).


Além disso, o HIFU já possui aprovação para tumores de próstata, mama e útero em países como Reino Unido e China, mostrando taxas de sucesso de até 85% em tumores localizados.

A aplicação terapêutica do ultrassom representa uma inovação de impacto comparável à introdução da radioterapia no século XX. A principal vantagem é a não invasividade, permitindo tratamentos ambulatoriais com recuperação rápida e menor morbidade.


A histotripsy, ao contrário do HIFU, elimina o risco de lesão térmica a tecidos adjacentes e preserva vasos e estruturas críticas, pois o dano é restrito à zona de cavitação. Além disso, estudos apontam evidência preliminar de que a destruição mecânica do tumor pode liberar antígenos tumorais, com potencial de estimular o sistema imune e ampliar a eficácia de imunoterapias (Kim et al., 2024).


Contudo, há desafios a superar: Dificuldade de aplicação em regiões com presença de ar (pulmões, intestinos); Necessidade de monitoramento por ressonância magnética ou ultrassom em tempo real; Custos elevados e infraestrutura tecnológica específica.


Mesmo assim, o progresso clínico acelerado e os resultados positivos sugerem que o ultrassom terapêutico poderá integrar protocolos padrão de oncologia em até uma década. O ultrassom terapêutico inaugura uma nova era no tratamento do câncer, com potencial de substituir ou complementar cirurgias invasivas. Técnicas como o HIFU e, sobretudo, a histotripsy mostram-se seguras, eficazes e promissoras na ablação tumoral sem incisões.


Os resultados iniciais reforçam o papel do ultrassom como ferramenta central em uma oncologia mais precisa, menos agressiva e biologicamente integrada. Pesquisas futuras devem focar em ensaios multicêntricos, integração com imunoterapia e otimização de parâmetros acústicos para cada tipo de tumor.


REFERÊNCIAS: National Library of Medicine, G1 Globo, BBC News Brasil

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