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Medição de glicose sem picadas já está em teste no Brasil

Atualizado: há 2 dias

E-Gluco: dispositivo não invasivo da Udesc em fase de testes clínicos


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Uma tecnologia promissora está em desenvolvimento na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que permite medir os níveis de glicose no sangue sem a necessidade de furar o dedo. Batizado de E-Gluco, o dispositivo capta sinais elétricos na pele e utiliza algoritmos de análise contínua para estimar a glicemia de forma não invasiva e em tempo real, funcionando 24 horas por dia, de acordo com informações divulgadas pela própria Udesc. O projeto é coordenado pelo engenheiro biomédico Pedro Bertemes Filho, professor de Engenharia Elétrica do campus de Joinville, que lidera o grupo de pesquisa desde 2012.


De acordo com revisões científicas publicadas em 2025 na revista Sensors, os métodos de monitoramento não invasivo da glicose vêm ganhando destaque no mundo inteiro, combinando sensores ópticos, eletromagnéticos e de impedância para oferecer uma alternativa mais confortável e contínua ao controle tradicional por lancetas. Uma análise recente da Springer Nature (2025) também aponta que essas tecnologias estão evoluindo rapidamente, com potencial para revolucionar o acompanhamento de pacientes diabéticos, especialmente aqueles com baixa adesão ao monitoramento convencional.


No Brasil, o projeto E-Gluco já está em fase de testes com pacientes com diabetes tipo 1 e 2, em parceria com médicos endocrinologistas. Segundo a Udesc, cerca de mil dispositivos serão distribuídos para validação clínica, com precisão superior a 97% em medições preliminares realizadas no Hospital Azambuja, em Brusque (UDESC, 2025). Caso os resultados mantenham o desempenho esperado, o dispositivo poderá ser liberado para uso comercial até 2028, após aprovação da Anvisa.


Apesar dos avanços, os desafios técnicos ainda são expressivos. Como destacam estudos recentes da Royal Society of Chemistry (RSC Publishing, 2025), fatores como variação na espessura da pele, interferência de suor e necessidade de calibração constante ainda afetam a precisão dos sensores não invasivos. Pesquisas publicadas na revista Advances in Invasive and Non-Invasive Glucose Monitoring (2025) também apontam que os sensores ópticos e de micro-ondas, embora promissores, ainda não atingem a mesma confiabilidade dos métodos invasivos tradicionais em todas as condições clínicas.


O projeto brasileiro também inclui um aplicativo complementar, o E-Gluco App, que já está disponível para armazenar medições, exibir gráficos e gerar alertas com base em inteligência artificial, tecnologia semelhante à usada por wearables internacionais, como o Samsung Galaxy Ring e o Apple Watch Series X, que também testam soluções não invasivas de glicose, segundo reportagem da Nature Scientific Reports (2025). A expectativa dos pesquisadores é que, em breve, o sistema possa ser integrado a relógios inteligentes, tornando o acompanhamento ainda mais acessível e intuitivo.


Esses avanços mostram como a inovação brasileira em saúde digital pode contribuir para transformar a rotina de quem convive com o diabetes. Mas para que o E-Gluco chegue de fato às prateleiras e beneficie milhões de pessoas, será necessário consolidar as evidências clínicas, garantir escalabilidade industrial e viabilizar um custo acessível para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde suplementar.


REFERÊNCIAS: Udesc, Portal Hoje SC

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