Com IA, ressonância portátil promete imagens mais nítidas e redução de custos para o SUS
- Inova na Real

- 22 de jul.
- 2 min de leitura
Reportagem do G1 fala sobre equipamento desenvolvido pelo CNPEM que poderá levar exames de imagem a regiões isoladas, com menor custo e alta precisão

Um novo projeto do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), com sede em Campinas - SP, promete transformar o acesso a exames de imagem no Brasil. A instituição está desenvolvendo o primeiro protótipo de ressonância magnética totalmente nacional, portátil e com inteligência artificial, que pode reduzir significativamente os custos do Sistema Único de Saúde (SUS) e levar diagnósticos de qualidade a áreas remotas do país.
O projeto conta com financiamento inicial do Ministério da Saúde, pelo Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL), e aposta em um sistema mais simples e acessível que os modelos convencionais. Em vez de utilizar uma tecnologia mais cara e importada, como os ímãs superpotentes resfriados com hélio líquido, o novo equipamento opera com campo magnético de baixa intensidade, permitindo portabilidade e facilidade na manutenção.
Como o campo é mais fraco, a qualidade da imagem pode ser reduzida, e será compensada com algoritmos de inteligência artificial capazes de aprimorar as imagens obtidas.
"A inteligência artificial, quando treinada, consegue identificar padrões que o médico não conseguiria sozinho. O médico pode ver a mancha e não saber se é um tumor, se é erro da ressonância [...] Então, além de a gente melhorar a resolução, a gente também está usando modelos de inteligência artificial treinados para identificar padrões da imagem", explica James Citadini, diretor de tecnologia do CNPEM e coordenador do projeto à reportagem do G1.
Além da vantagem de custo, o novo modelo poderá ser instalado em locais com pouca infraestrutura e será voltado, inicialmente, para o exame de extremidades como braços e pernas. A proposta visa atender diretamente à demanda de hospitais regionais e unidades de saúde em áreas onde muitas vezes não há sequer um aparelho de ressonância em funcionamento.
O protótipo atual já é testado em objetos e animais, e a expectativa é que, até 2027, um modelo pré-clínico esteja pronto para exames em humanos. Segundo o CNPEM, o objetivo é manter a tecnologia sob domínio nacional e evitar que o projeto seja engavetado por grandes empresas internacionais.
Se a iniciativa vingar, o Brasil poderá se tornar um dos primeiros países a oferecer ressonância magnética com IA de forma acessível e descentralizada, marcando um avanço não só tecnológico, mas também social e estratégico na área da saúde.
Confira a reportagem do G1: “Tecnologia brasileira: entenda como ressonância magnética portátil vai usar IA para melhorar imagens e reduzir custos do SUS”.
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