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Cirurgias com robôs já são realidade no Brasil

A tecnologia que parecia futurista já faz parte da rotina de diversos hospitais brasileiros


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A cirurgia robótica, que há alguns anos parecia restrita à ficção científica, já faz parte da realidade de hospitais brasileiros e vem transformando a forma como a medicina é praticada. Esse modelo combina tecnologia de ponta, como câmeras de alta definição e instrumentos que mimetizam os movimentos da mão humana, com softwares inteligentes capazes de filtrar tremores e ampliar a precisão dos gestos cirúrgicos. O resultado é uma prática que redefine padrões de segurança e eficiência, impactando diretamente os desfechos clínicos.


O marco inicial da cirurgia robótica no país ocorreu em 2008, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Desde então, o número de centros que adotam a tecnologia cresce de forma consistente. Hoje, diversos hospitais brasileiros já realizam procedimentos com robôs, entre eles Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, HCor, InCor-HCFMUSP e Rede D’Or São Luiz. 


Em 2017, o Hospital Moriah, em São Paulo, realizou a primeira colecistectomia robótica por portal único da América Latina, utilizando o sistema Da Vinci Xi. Esse procedimento minimamente invasivo permite a realização da cirurgia por meio de uma única incisão, reduzindo o trauma cirúrgico e acelerando a recuperação do paciente. Estudos realizados no Brasil também têm demonstrado os benefícios da cirurgia robótica. Uma pesquisa publicada na revista "Einstein" relatou as primeiras quatro colecistectomias robóticas com portal único realizadas no país, destacando a viabilidade e segurança da técnica.


Além disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece a cirurgia robótica como um recurso válido e recomenda treinamento formal, visto que a curva de aprendizado é um dos principais desafios para a consolidação da prática.


Os ganhos clínicos são consistentes. Estudos multicêntricos mostram que a cirurgia robótica está associada a menor perda sanguínea, redução de complicações e tempo de internação até 30% inferior em comparação à cirurgia aberta convencional (The Lancet Oncology, 2021). No Brasil, dados do InCor demonstram redução significativa de tempo em ventilação mecânica e menor necessidade de transfusão sanguínea em cirurgias cardíacas assistidas por robôs (InCor-HCFMUSP, Relatório 2023).


O impacto também se reflete no pós-operatório. Menores incisões resultam em menor dor, cicatrização mais rápida e, consequentemente, maior satisfação dos pacientes. Essa evolução alinha-se ao movimento global de cirurgia minimamente invasiva, apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos eixos de transformação da assistência hospitalar até 2030. 


Ainda assim, os desafios persistem. O custo dos equipamentos, que pode ultrapassar R$ 15 milhões por unidade, além da manutenção e insumos, limita a difusão da tecnologia para além dos grandes centros urbanos. Porém, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (Sobracil) vem estruturando programas de capacitação e acreditação para garantir a proficiência dos profissionais.


As perspectivas, no entanto, são otimistas. O avanço da telecirurgia — em que médicos podem operar a distância utilizando plataformas conectadas — já é testado em países como a China e os EUA e começa a ser estudado em centros brasileiros. Além disso, novas gerações de robôs prometem custos mais acessíveis e softwares com integração de inteligência artificial, capazes de apoiar na tomada de decisão intraoperatória.


Assim, a cirurgia robótica deixa de ser um recurso de exceção para se consolidar como paradigma emergente. No Brasil, sua expansão dependerá da equação entre tecnologia, treinamento e políticas de acesso. Mas a tendência é clara: a incorporação da robótica cirúrgica não é apenas uma evolução tecnológica, e sim um marco na redefinição da prática médica, ampliando as fronteiras do que é possível em termos de precisão, segurança e qualidade de vida para os pacientes.


No Inova na Real, acompanhamos de perto como tecnologias como a cirurgia robótica estão transformando a saúde no Brasil e no mundo. Nosso objetivo é traduzir essas inovações, trazer dados confiáveis e provocar reflexões sobre o futuro do cuidado em saúde, mostrando como ciência e tecnologia já fazem parte do presente e apontam para um novo padrão de assistência.


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