Brasil inaugura biofábrica de mosquitos com bactéria Wolbachia para combater dengue e outras doenças
- Inova na Real

- 24 de jul.
- 2 min de leitura
Instalada em Curitiba, nova unidade pode produzir até 100 milhões de ovos de Aedes Aegypti por semana e é peça-chave na estratégia nacional contra arboviroses

O Brasil deu um passo importante no combate à dengue e outras arboviroses com a inauguração da maior biofábrica do mundo dedicada à criação de mosquitos Aedes Aegypti com a bactéria Wolbachia.
A unidade, batizada de Wolbito do Brasil, foi inaugurada oficialmente em Curitiba no último sábado (19) em um esforço conjunto do Ministério da Saúde, Fiocruz, Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e da organização internacional World Mosquito Program (WMP).
A biofábrica terá capacidade para produzir até 100 milhões de ovos de mosquitos por semana. Os chamados "Wolbitos" são parte de uma estratégia inovadora para reduzir a circulação dos vírus da dengue, zika e chikungunya. “Nosso objetivo é reduzir significativamente os números de casos de arboviroses no país. Em dez anos, teremos beneficiado mais da metade da população brasileira”, afirmou Luciano Moreira, diretor-presidente da Wolbito do Brasil, na reportagem do portal da Fiocruz.
A bactéria Wolbachia, naturalmente presente em diversos insetos, impede que os mosquitos transmitam os vírus causadores das doenças. Em Niterói - RJ, onde o método já foi amplamente implantado, a redução nos casos de dengue chegou a 69%, segundo dados do portal da Fiocruz.
Atualmente, o método está presente em oito cidades brasileiras e deve alcançar 70 milhões de pessoas nos próximos anos. Além da eficácia na saúde pública, o Método Wolbachia também representa economia para os cofres públicos: para cada real investido, o retorno em economia com internações e tratamentos pode chegar a mais de R$ 500.
“A Fiocruz continua a cumprir seu papel na promoção da saúde pública no contexto do SUS”, destacou o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.
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