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Alzheimer e inovação: um novo medicamento chega ao Brasil trazendo esperança e desafios

Avanço biotecnológico chega ao Brasil com promessas de retardar o Alzheimer, mas levanta debates sobre acesso, custo e os limites da inovação em saúde.


Será que a medicina está, finalmente, diante de uma nova era no tratamento do Alzheimer? Depois de mais de vinte anos sem avanços significativos, um medicamento inovador chega ao Brasil trazendo esperança para pacientes e famílias que convivem com essa doença devastadora. O Kisunla (donanemabe), desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, promete retardar a progressão do Alzheimer em seus estágios iniciais, um passo que pode mudar a forma como lidamos com o envelhecimento cerebral e suas consequências.


O funcionamento do Kisunla é inovador. Ele é um anticorpo monoclonal capaz de eliminar as placas de beta-amiloide, proteínas que se acumulam no cérebro e estão diretamente relacionadas à evolução da doença. Nos estudos clínicos, os resultados chamaram atenção: pacientes que receberam o medicamento tiveram uma progressão clínica até 35% menor em comparação com aqueles que receberam placebo, representando um atraso médio de 4,4 meses no declínio cognitivo. Além disso, o risco de avanço para a fase seguinte da doença foi reduzido em 37%.


Mas a inovação vem acompanhada de desafios. O tratamento tem alto custo, podendo ultrapassar R$ 30 mil por mês, e ainda não faz parte do rol do SUS ou de cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Além disso, os pacientes precisam seguir protocolos rigorosos de acompanhamento médico, incluindo ressonâncias periódicas para monitorar possíveis efeitos adversos, como hemorragias e edemas cerebrais, riscos que chegaram a causar óbitos em alguns casos.


No Brasil, a Dasa será uma das primeiras instituições a oferecer o tratamento em unidades do Alta Diagnósticos em São Paulo e no Rio de Janeiro. O protocolo de aplicação prevê infusões intravenosas mensais, inicialmente com doses de 700 mg, podendo chegar a 1.400 mg, em sessões que duram cerca de 30 minutos.


Apesar das limitações, especialistas veem no Kisunla um avanço promissor. Para o neurologista Ivan Okamoto, do Hospital Israelita Albert Einstein, o medicamento não é indicado para todos os pacientes, mas pode beneficiar um grupo específico em fase muito inicial da doença, desde que confirmada a presença de placas amiloides no cérebro e avaliados fatores genéticos que podem aumentar riscos.


Este avanço terapêutico com o Kisunla chega em momento decisivo para a saúde brasileira, não apenas pela inovação em si, mas em como evidencia a urgência de combinarmos biotecnologia com políticas públicas fortes. Com demências afetando hoje quase 2 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, e projeções apontando mais de 5 milhões até 2050, terapias como essa geram esperança, mas também exigem debate sério sobre acesso, regulação, custos e contrapontos éticos.


No Inova na Real, nosso compromisso é conectar esses pontos: trazer os dados, discutir os dilemas e fomentar soluções que permitam que a inovação não fique restrita ao privado, mas avance para todos.


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